Obrigado Duarte,
Regulamentos que obrigam a coisas quase impossíveis e que
tornam a vida dos profissionais um pesadelo já há suficientes
e com exemplos bem recentes, e mais não digo
Isso daria muito que dizer, e não pode servir de desculpa para não cumprir a lei.
Se a lei é impossível de cumprir, façam lobby aos deputados para que a mudem,
não façam lobby aos advogados para a contornar!
Em CAD, não estou a ver uma alternativa ao DXF…
é praticamente universal em todos os programas cad,
e é razoavelmente aberto.
Hmmm, eu diria que o DXF é como o SHP, um stantard de facto!
Quanto a aberto, eu aconselharia cautela, tendo em conta “o pai da criança”.
A integrar no RNID terá de ser o DXF versão 2000 e ASCII (não binário!).
Porque esta é a versão suportada, em apenas leitura, pelo GDAL/OGR.
O shapefile continua a ser o mais universal em sig (infelizmente).
Aqui sim, concordo que o SHP, embora retrogrado, é um formato universal!
Tem muitas limitações como todos sabemos, mas é um formato 100% suportado por software livre, o que só por si o torna aberto. Aliás em qualquer site mundial de “Public Open Data” vemos a disponibilização de dados neste formato.
Quanto a simbologia, também não conheço alternativas ao SLD,
embora o ache demasiado complexo e dificil de produzir ou usar ou converter
À complexidade da simbologia não há como fugir, é difícil por natureza. Mas para isso é que servem os programas e os programadores, para lidarem com essa dificuldade, para tornarem a vida fácil aos utilizadores e não o inverso… e também se não fossem estes desafios, a vida dos programadores tornaria-se muito chata, todo o dia a navegar na net!
GML é dificílimo de produzir e de usar - não estou a ver um cidadão a ser obrigado a usar GML.
Como sabes o WFS usa o GML para transferir dados, logo as instituições públicas e o cidadão já o utilizam, sem saberem e sem problemas.
Não percebo essa ideia de ser um formato “dificílimo”. Repito, cabe aos programas/programadores saber lidar com essa dificuldade/complexidade.
Agora que devido ao seu principio (baseado em XML/texto) gera ficheiros muito grandes, é verdade. Mas é um formato inevitável de estar no RNID, enquanto não surgir uma alternativa melhor (como o geopackage, baseado no sqlite).
Em alternativa, o kml é muito mais usado e fácil de produzir e também é um padrão ogc.
Apesar da Google ter colocado o KML na OGC, não se pode confundir GML com KML!
http://en.wikipedia.org/wiki/Geography_Markup_Language#GML_and_KML
“KML is first and foremost a 3D portrayal transport, not a data exchange transport”
“Over 90% of GML’s structures (such as, to name a few, metadata, coordinate reference systems, horizontal and vertical datums, geometric integrity of circles, ellipses, arcs, etc.) cannot be transformed to KML without loss or non-standard encoding”
É porreiro para disponibilizar uns waypoints (pontos) e uns percursos (linhas) de BTT, mas fica por aí!
Falta também falar de formatos raster, e aqui o geotiff parece-me ser consensual,
Certo, embora existam outros formatos usados em detecção remota que interessaria incluir!
Penso que um cidadão deverá ser capaz de abrir um orto no paint se precisar
Pois, é para isso que serve o RNID. Para que a Microsoft faça por isso, e não ao contrário com é actualmente!
(o cidadão só conseguir abrir o formato que a Microsoft quer que ele abra)
Cumprimentos,
Ricardo Pinho
···
No dia 15 de abril de 2015 às 23:02, duartecarreira <dncarreira@gmail.com> escreveu:
Boas.
Como formatos obrigatórios acho que só devem ser listados aqueles que estão
disseminados já. Regulamentos que obrigam a coisas quase impossíveis e que
tornam a vida dos profissionais um pesadelo já há suficientes e com exemplos
bem recentes, e mais não digo
Acho que em relação a info geográfica devíamos pensar em sig e em cad
também… formatos que sejam fáceis de produzir a partir de outros e na
maioria do software existente.
O shapefile continua a ser o mais universal em sig (infelizmente). GML é
dificílimo de produzir e de usar - não estou a ver um cidadão a ser obrigado
a usar gml. Em alternativa, o kml é muito mais usado e fácil de produzir e
também é um padrão ogc. O geopackage parece-me excelente mas está pouco
implementado - já o spatialite está um pouco melhor mas mesmo esse é pouco
frequente no software existente…
Se a lista de formatos obrigatórios for abrangente, que inclua os formatos
mais fáceis e abertos, o regulamento seria logo operacionalizado em grande
parte do universo conhecido? podem-se incluir os formatos mais complexos ou
de implementação imatura, e fica à prova de futuro.
Em cad, não estou a ver uma alternativa ao dxf… é praticamente universal
em todos os programas cad, e é razoavelmente aberto. Toda a gente que
trabalha com cad sabe produzir dxf, e quem recebe também tem facilidade em
visualizar. O que não pode mesmo estar na lista é o dwg/dwf… esses são
terríveis e um puro lockin do fabricante por mais estórias da carochinha nos
tentem contar:
http://www.evanyares.com/open-design-alliance-what-a-mess/ (esta estória é
espectacular!)
https://en.wikipedia.org/wiki/Vendor_lock-in.
Quanto a simbologia, também não conheço alternativas ao sld, embora o ache
demasiado complexo e dificil de produzir ou usar ou converter. Mas tem tido
uma adoção crescente o que indica um bom futuro, a não ser que algo melhor
surja entretanto…
Falta também falar de formatos raster, e aqui o geotiff parece-me ser
consensual, embora com tanta variedade de opções convinha estipular opções
que sejam o mais universalmente compatíveis. Compressão jpeg dentro de
tiffs, ycbcr, tiled, etc., podem não ser as mais indicadas. Penso que um
cidadão deverá ser capaz de abrir um orto no paint se precisar
Deve haver mais categorias de dados? 3d? altimetria 2,5d? matricial?
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Ricardo Pinho